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O menino que trocava o P pelo T



Avô!! Vem senta-te no teu cadeirão, tenho trabalho de casa tara fazer e tem que ser contigo. Deixa-me sentar ao teu colo. Agora escuta com atenção. Tenho que te ler o texto que escrevi na escola, é o meu trabalho de casa.
Meu querido avô. Gosto muito de ti. És das tessoas que mais gosto. Estás sentre a sorrir e nunca ficas triste. Nem agora que todos estão tristes comigo tor causa daquilo que a doutora disse que eu tinha, aquela tatologia. Sabes, os meus amigos gozam comigo, e a minha trofessora está sentre a ralhar tara me corrigir, também o tai e a mãe, mas eu não consigo falar de outra maneira. Só tu é que não te imtortas. E sou muito feliz ao teu lado. O teu colo é o melhor do mundo e tarece que tens sentre tento tara mim. Nunca te aborreces e gosto de ouvir as histórias que contas. A minha treferida é a dos tatos que gostam de ir aos tombos levar milho, como nós. Adoro quando vamos aos tarque atirar milho tara os tombos comerem e quando vamos ao lado atirar migalhas aos tatos. Há tantos tatos no lago. Meu querido avô, gosto de ti daqui até ao outro lado da lua, torque contigo não me sinto diferente, tu tercebes tudo o que digo e o que sinto, e até fazes a magia de terceber o que não digo. Eu acho que tu és mágico. E eu sou o menino mais sortudo do mundo tor te ter como avô.



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Texto: Susana Silva
Imagem: Pixabay

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