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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2018

Estás mal muda-te

Se não te faz feliz, então não é para ti. Estás mal muda-te. Não esperes que os outros o façam por ti. Na algibeira apenas o que te aquece o coração, numa mão leva força na outra fé, os dois braços livres para abraçar. Maquilha-te com um sorriso sincero e sorri sem medo. Leva lágrimas nos olhos e emociona-te sem temor. Mantém as pernas fortes, sem fraquejar. Mas ainda assim leva um banquinho de confiança para te sentares quando se sentires mais cansado e o resto… bem, o resto um chocolate resolve. ---- Texto: Susana Silva Imagem: pngtree

Sonha alto... voa alto

No dia mais sofrido da tua vida sonha. Sonha alto. Muito alto. Tens asas enormes e a pequena ilha não é para ti. Nasceste para conquistar um pedaço de terra só teu, em que podes ser tu, com tantos outos. Agarra nessas asas e voa alto, tão alto como o teu sonho. E deixa-te dessa ideia paralisante de que “quanto maior o sonho maior a queda”. Vai, sonha alto, porque quanto mais alto o sonho maior a tua força para lutar por ele. Vai, levanta voo e grita bem alto, o mais que conseguires, precisas de sentir a força que tens em ti. Voa sem medo do que virá. Sem medo do medo que eventualmente sentirás. Esse dar-te-á o tempo que precisas. Mas não permitas que te paralise. Permite-o apenas o tempo favorável. E quando em pleno voo vierem trovoadas e tempestades, aninha-te numa gruta próxima, conforta-te, mistura as tuas lágrimas com as gotas da chuva. Mas, logo pela manhã solheira, rasga novamente os céus. Leva na algibeira apenas o e os essenciais.   O (e os) que te pesarem pelo caminh

ser pai

Ser pai é sentar-se ao nosso lado, pegar-nos ao colo, correr connosco no jardim. Mudar a televisão para um filme de princesas, mesmo quando se quer ver um documentário sobre tecnologia. Ser pai é amar. É ir a correr para o hospital a meio da noite, porque se está com um pouco de febre. É ir a um espetáculo de dança e vibrar orgulhoso, com a nossa prestação, batendo palmas e dando gritos, mesmo que o seu coração esteja cinzento e enevoado. Ser pai é correr para a escola quando partimos um pé, reclamar com a funcionária e com a professora por negligência e ter de as enfrentar depois, todos os dias, após reconhecer a injustiça pelo que disse, porque tem de nos levar ao colo até à sala. É ralhar connosco quando fizemos uma asneira, mesmo rindo depois a contá-la aos amigos em segredo.  in O melhor está para vir Susana Silva ---- Imagem pixbay

O melhor está para vir em imagens - VI

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O melhor está para vir em imagens - V

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O melhor está para vir em imagens - IV

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O melhor está para vir em imagens - III

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O melhor está para vir em imagens II

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O melhor está para vir em imagens I

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dia da mulher

-  Mãe, o que é do dia da mulher? Os olhinhos brilhantes e a curiosidade aguçada não se contentariam com qualquer resposta. Por isso, a mãe sentou-se ao lado da menina e respondeu-lhe: - É uma história um bocadinho complicada. Mas é mais ou menos assim: antigamente os Homens adoravam a mulher, achavam-na uma super heroína, um deus, mas, com o passar dos tempos, deixaram de lhe dar valor, trataram-na mal, castigavam-na mesmo sem ter feito nada de errado. E nós não gostamos nada de injustiças, pois não? A menina negou com a cabeça, acrescentando: - Isso não é nada justo. - Por isso, - continuou a mãe - comemoramos este dia para lembrar que todas as mulheres devem ser tratadas com respeito e cuidado. A menina parou por instantes, como que a tentar compreender a história que a mãe lhe acabara de contar. E, cheia de sabedoria respondeu, do alto dos seus 5 anos: - Oh mãe, essa história não é nada complicada. É fácil, temos que tratar bem a todos. A mãe sorriu.

despedida

"Uma noite, enquanto estávamos sentados no sofá, tu com o teu tablet e eu a ver televisão, leste-me uma frase que acabavas de ler no facebook “O que é mais fácil, amar, perdoar ou esquecer?” Não te respondi, porque não sabia a minha resposta, mas sabia a tua. Foram 15 anos de casamento e, talvez, nunca me tenhas amado mais do que ao bife que te colocava no prato, ou ao pó que limpava na tua garagem. Deixaste de gastar obrigados comigo, deixaste de me sorrir, de me ver. Deixaste-me só, mesmo quando te sentavas comigo à mesa, quando ficavas ao meu lado no sofá e quando dormias na mesma cama. Tão só. Só me restava a esperança do teu amor apagado, que a todo o custo tentei reanimar. Mudei o meu visual, fui para o ginásio para que não mais me disseste que fiquei gorda. Tratei sozinha do nosso filho, para que não te aborrecesses depois do trabalho. Aprendemos a viver só! Os dois. Sós. Se é que podemos chamar vida a uma coisa sem amor. Amei-te com a maior das facilidades, perdoei

O menino que trocava o P pelo T

Avô!! Vem senta-te no teu cadeirão, tenho trabalho de casa tara fazer e tem que ser contigo. Deixa-me sentar ao teu colo. Agora escuta com atenção. Tenho que te ler o texto que escrevi na escola, é o meu trabalho de casa. Meu querido avô. Gosto muito de ti. És das tessoas que mais gosto. Estás sentre a sorrir e nunca ficas triste. Nem agora que todos estão tristes comigo tor causa daquilo que a doutora disse que eu tinha, aquela tatologia. Sabes, os meus amigos gozam comigo, e a minha trofessora está sentre a ralhar tara me corrigir, também o tai e a mãe, mas eu não consigo falar de outra maneira. Só tu é que não te imtortas. E sou muito feliz ao teu lado. O teu colo é o melhor do mundo e tarece que tens sentre tento tara mim. Nunca te aborreces e gosto de ouvir as histórias que contas. A minha treferida é a dos tatos que gostam de ir aos tombos levar milho, como nós. Adoro quando vamos aos tarque atirar milho tara os tombos comerem e quando vamos ao lado atirar migalhas aos tat

Nada é tudo o que temos

Benditos sois vós meus amores, que soltais uma gargalhada fresca que aquece este vento que nos corta a pele. A sombra que cobria os vossos olhos esmoreceu, embora vos sinta em sobressalto aquando de qualquer barulho repentino. Tudo é assustador, também para mim. Duvido muitas vezes da minha opção de nos lançarmos nesta viagem, nesta peregrinação que não sabemos onde terminará. Os vossos sorrisos, medrosos, ainda assim, valem a pena. Por vós tudo. Fugimos do país que era o nosso, das nossas vidas, deixámos tudo para trás, perdemos o vosso pai nesta inimaginária viagem. “Sim, estou feliz” respondo com um falso vigo na voz, quando, finalmente em terra, me perguntastes, do alto dos vossos três anos “Mamã, estás feliz?”. Iremos ficar. Iremos ser. E a vossa brincadeira com a única bagagem que transportastes toda esta viagem, um urso amarelo e uma girafa, já castanha de tão suja, dão normalidade a este campo onde nos colocaram e mantêm. Como presos. Sim, somos felizes, porque nos afasta