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é a hora



Esta é a hora de deixarmos de ser a nova geração de velhos do restelo. São tempos duros, e a batalha é feroz, há um monstrengo aqui e acolá contra o qual travamos esta guerra desigual. Vamos além da dor, das lágrimas salgadas que choram de saudade por aqueles que, estando perto, sentimos tão longe. Cresce o mar onde lançamos pétalas de amor e cartas engarrafadas com mensagens de amizade, de perdão e de solidariedade.
Este cabo das tormentas é difícil de dobrar, mas sentimos pelas chagas que carregamos, hasteadas na proa das nossas casas, que o bojador está próximo. É a hora de, sem nos tocarmos, dar as mãos, descansar nos braços dos que amamos e suportar com firmeza aqueles a quem falham as forças.
Choramos os mortos na batalha, os que agonizam nos hospitais e aqueles que sentem a saudade escorrer-lhes pelos rostos enevoados. Rezamos de joelhos cravados no chão implorando que se afaste de nós esta maldição, entregando-nos a quem tudo pode. É a hora de levantarmos a nossa vontade, o nosso querer e fazer acontecer que tem de ser.
Esta é a hora de avançarmos pelo campo da batalha armando-nos das mais temíveis armas. Vamos de peito aberto com uma armadura de fé, um escudo de esperança e uma espada de amor. Vamos à guerra.
É a hora. O D. Sebastião somos nós.

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