Na incessante correria dos dias deixámos de sonhar, os sonhos que
tínhamos enquanto crianças e jovens e que nos faziam voar por entre as
montanhas do medo e da angústia perderam-se e, hoje, esquecemo-nos de sonhar,
já não sabemos sonhar.
Temos em nós sonhos que não nos atrevemos a sonhar assoberbados
pelas tarefas do dia a dia ou letárgicos na monotonia de outros. Deixamos para
trás os nossos sonhos justificando, a nós próprios, que são inatingíveis e nos
fariam gastar tempo e recursos tendo por base a velha máxima “quanto maior o
sonho maior a queda”. Impomos à nossa vida o peso da seriedade que não permite
a leveza do sonho… e tornamo-nos pele, ossos e músculos robotizados.
Mas pode ser hoje o dia, em que, olhando sem medo para dentro
encontremos o nosso velho sonho e frente a frente com ele deixemo-nos
acreditar. Acreditar que sonhar faz parte da vida, que sonhar também é viver e
que quanto maior o sonho maior a nossa resiliência para o perseguir. E que um
sonho faz-se, tantas vezes, de outros pequenos sonhos que valem a pena como
tudo, como viver. Não se deixem morrer enclausurados num corpo inerte incapaz
de sonhar. Vamos permitir-nos sonhar e sair desta escuridão que criámos para
nós, vamos abrir as janelas, deixar o sol entrar, sentir o orvalho da manhã e
acreditar no pote de ouro no fim do arco-íris. Vamos sonhar, projetar fazer
acontecer. Adaptar, readaptar e construir os nossos sonhos para vivê-los,
sentindo a felicidade de viver, inspirando com força e lançando-nos com fé em
busca daquilo que sempre quisemos ser. Porque o teu maior sonho, és tu.
Comentários
Enviar um comentário