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Um texto sem a letra p



Exma. Senhora D. O_hélia Queiroz:

Escrevo-lhe res_eitosamente, _or considerar que V. Ex.ª merecer todo o cuidado e é minha obrigação adverti-la _ara o risco que correis ao entregar o vosso coração aquele ignóbil indivíduo, e meu querido amigo, Fernando _essoa.
Bem sei que ontem, V. Ex.ª es_erou _or ele no sítio do costume, vi-a a deambular _ela entrada da Livraria Inglesa e vi o crescente ar de tristeza e desolação que sentíeis em vosso coração. Mais desilusão encontrareis se insistires nesse ó_io que não é mais do que uma _erversão física que vos é corres_ondida. Aceitai o meu modesto aviso, de alguém que bem conhece o _atrão do vosso coração.
Ontem, durante a es_era, Fernando estava embriagado nos cálculos astrológicos que nos últimos tem_os o têm tornado num alquimista dos números numa busca louca _elo inatingível.
Não duvideis das minhas intenções, mas não acrediteis mais no dócil discurso que _essoa vos dirige.
_eço-vos ainda _erdão, mas esta minha máquina tem a letra _ encravada e, dada a urgência do relato que vos fiz irá mesmo assim.
Cum_rimenta V. Ex. ª

Álvaro de Cam_os
eng. Naval

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